Todos os dias acontecem fenômenos maravilhosos no planeta terra, e a maior parte deles passam despercebidos aos nossos sentidos, pois estamos muito mais inclinados a detectar imperfeições, anomalias, discordâncias e erros, que identificar belezas que existem em tudo que chamamos de vida.
Um fator contribuinte para a escassez de sensibilidade aos fenômenos que acontecem na natureza está no fato de sermos obcecados pelos compostos químicos produzidos
nos laboratórios, com finalidades de estimular o corpo a ter sensações que poderíamos sentir naturalmente, se não estivéssemos tão inclinados ao que é destrutivo.
nos laboratórios, com finalidades de estimular o corpo a ter sensações que poderíamos sentir naturalmente, se não estivéssemos tão inclinados ao que é destrutivo.
Há pessoas que só conseguem usar seus sentidos, como: visão, tato e paladar, para viabilizarem sensações que
tragam prazeres segundo os seus próprios conceitos, sem perceber a destruição que lhe acomete quando estão no processo de utilização dos compostos químicos, pois seus propósitos tornam-se efêmeros, embora as intenções sejam nobres.
tragam prazeres segundo os seus próprios conceitos, sem perceber a destruição que lhe acomete quando estão no processo de utilização dos compostos químicos, pois seus propósitos tornam-se efêmeros, embora as intenções sejam nobres.
O uso de tais substâncias gera o esvaziamento do ser, pois o indivíduo perde importantes funções corporais, como a capacidade de produzir vários hormônios, que são responsáveis pelo prazer natural, optando por utilizar compostos artificiais, fazendo-o depender de novas doses desses compostos laboratoriais para normalizar suas funções metabólicas. As pessoas que passam por esse processo, além de sofrer com vários problemas de saúde, também são estigmatizadas socialmente, devido aos seus comportamentos violentos quando necessitam adquirir novas porções da substância escassa no organismo.
Acredito que o problema do uso abusivo de entorpecentes esteja entre os principais males do século XXI, por interferir diretamente na vida humana e em todos os níveis sociais, nas famílias, nos modos comportamentais, na saúde e na estabilidade psicossocial. Contudo, os indivíduos continuam mergulhando no mar do vício, tornando-se incapacitados de contemplar a grandeza da vida, de realizar atividades laborais e de repensarem suas atitudes conflituosas.
E quanto mais o tempo passa o sujeito submerge-se cada vez mais fundo tentando saciar somente suas necessidades cerebrais de mais neurotransmissores responsáveis pelo prazer, enquanto o seu cérebro vai perdendo as suas funções cognitivas.
Esses transtornos sociais concernentes a saúde tornam-se um desafio para as autoridades governamentais, por disporem de pouquíssimos equipamentos para o tratamento especializado, e grande parte das clínicas especializadas para o tratamento adequado de dependentes químicos é particular. Isso explica o número crescente das casas de recuperação mais acessíveis, a maioria veiculada a instituições religiosas, que também não dispõem de estruturas adequadas por falta de maiores recursos.
O número de usuários dependentes cresce a cada dia, e a sociedade sofre com a violência, que também aumenta, gerando maiores números de mortes.
Ao percebermos a carência de ações mais consistentes para o suporte dessas pessoas, notamos que há muitas preocupações secundárias por parte de instituições religiosas, que lidam com o tratamento desses usuários.
As mais comuns são o tratamento preconceituoso, a indiferença com os indivíduos e o aprendizado imposto do ensinamento doutrinário adotado como regra para a continuação do tratamento. Por isso, antes de tudo, devemos observar os fatos de maneira honesta, considerando o sofrimento das pessoas envolvidas em tais problemas, e não somente nos apoiarmos em conceitos estabelecidos por nós, simplesmente por serem antagônicos aos conceitos que julgamos ser do mundo ou dos moralistas e fundamentalistas religiosos, pois a vida é mais importante.
A questão que tratamos aqui não tem relação com religião, por ser um problema concernente à vida.
Nos dias de Jesus Cristo, o ópio do povo era a adoração a outros deuses, ao poder, ao império e ao egocentrismo narcisista. E as pessoas religiosas viviam capsuladas aos seus modos de verem o mundo, e não percebiam o quanto estavam contribuindo com o propósito do diabo, quando realizavam discursos que matavam o amor dos indivíduos pelo próximo, e quando lhes roubavam a liberdade do ser, com costumes que destruíam a semente do reino de Deus nas pessoas.
Foram homens coniventes com a corrupção, com o engano, com a dissimulação performática, pois se mostravam ser o que não eram por dentro. Atavam enormes fardos nas pessoas, porém eles mesmos não faziam esforço nenhum para carregarem. Jesus Cristo discerniu e criticou tudo que ameaçava a vida e a liberdade das pessoas, não importando se eram disfarces dogmáticos, costumes morais ou filosofias.
O apóstolo Paulo orienta-nos a examinarmos nossas vidas, a fim de verificarmos se os conceitos e nossas ações estão fundamentados no que Jesus considerou liberdade, pois tudo aquilo que não conseguirmos negar por amor ao próximo, é escravidão ou libertinagem, e não liberdade.
Contudo, façamos uma reflexão sincera, limpa e justa com nossa consciência, para verificarmos o nosso posicionamento ante esse contexto atual, se a nossa aprovação ou desaprovação de usos ou desusos, por exemplo, irão ou não contribuir com a destruição do indivíduo.
O importante é analisarmos se falamos ou fazemos algo que esteja contribuindo com o propósito do diabo aqui na terra, a saber; matar roubar e destruir os homens. Não podemos compactuar com o que nos destrói e sermos sócios do diabo. Muitas pessoas precisam de nossa ajuda e grande parte delas não pretende saber sobre análises teológicas a respeito de suas condutas, só estão precisando de compaixão e amor para ter uma vida distante daquilo que as destrói.
POR WESLEY FERRER
Olá,
ResponderExcluirpassei para conhecer, gostei do que li.
Volto ocm mais calma para degustar.
grande abraço aos manos queridos
Maravilhoso o texto mano, de uma simplicidade profunda, e repleto de vida. Que Deus lhes ilumine mais a cada dia. Abração.
ResponderExcluirWesley vigor físico é bom, o vigor intelectual melhor ainda, mas, muito acima de ambos, está o vigor do caráter,por isso, continue sempre sendo esse filho maravilhoso, gostei muito do que acabei de ler continue colocando o q o seu coração mandar, vc me surpreendeu com esse texto .
ResponderExcluirPARABENS,SILVANIA FERRER!
É muito bom ler um texto e perceber nele um olhar equilibrado do autor no trato das questões apresentadas, é como abrir uma janela para o entendimento e através dela mudar nossa visão de mundo ao se deparar com um panorama coerente, poético. Melhor ainda quando é feito uma ponte entre os seculos para demostrar que comportamentos tão antigos posam ser tão frequentes em nossos dias, espero que esse texto Wesley possa contribuir com a grande transformação religiosa que presizamos passar.
ResponderExcluirCicero Ferrer
"O apóstolo Paulo orienta-nos a examinarmos nossas vidas, a fim de verificarmos se os conceitos e nossas ações estão fundamentados no que Jesus considerou liberdade, pois tudo aquilo que não conseguirmos negar por amor ao próximo, é escravidão ou libertinagem, e não liberdade."
ResponderExcluirEu oro à Deus nesse momento pedindo que ele coloque em mim, em em todos nós, essa "âncora" em nossas almas, afim de que possamos caminhar perseverantes com essa consciências a onde quer que formos.. E que possamos permitir que esse maravilhoso Dom de Deus cresça sem medidas dentro de nós! Muita Paz meu irmão!..
abração...
Rafael