Há momentos na vida dos quais chegamos a acreditar que estamos em plena liberdade, onde os nossos passos são determinados por faculdades mentais cujos processos estão inteiramente ligados ao que nós acreditamos saber sobre ser livre.
Construímos planos, constituímos famílias, almejamos posições sociais, adquirimos bens que julgamos ser necessária a nossa felicidade.
Fabricamos e consumimos idéias e, repetidas vezes, meditamos sobre o que elas realmente nos dizem. O fato é que quando falamos sobre liberdade, pensamos também nos diversos conceitos individuais transferidos ao tema, que por sua vez, cada um de maneira particular denomina com trajes e contornos diferentes o seu significado. Muitas vezes acreditamos maciçamente que se nos moldarmos aos padrões morais de liberdade, seremos, de fato, livres. E assim vai sendo processado os saberes, uma concordância mútua de conceitos que estão conectados com cada momento histórico individual ou coletivo.
Fabricamos e consumimos idéias e, repetidas vezes, meditamos sobre o que elas realmente nos dizem. O fato é que quando falamos sobre liberdade, pensamos também nos diversos conceitos individuais transferidos ao tema, que por sua vez, cada um de maneira particular denomina com trajes e contornos diferentes o seu significado. Muitas vezes acreditamos maciçamente que se nos moldarmos aos padrões morais de liberdade, seremos, de fato, livres. E assim vai sendo processado os saberes, uma concordância mútua de conceitos que estão conectados com cada momento histórico individual ou coletivo.
Para muitos, o significado individual sobrepõe a todos, pois como nos é de direito, o pensamento filosófico é de cada um, embora em nossa mente palavra final seja sempre absolutamente egoísta. Foi assim que procederam alguns megalomaníacos no século XX como Adolf Hitler com o partido nazista alemão, Josef Stalin e o partido comunista russo, e Benito Mussolini com seu partido fascista italiano, que agiam de forma monstruosa em nome da “liberdade” ou do poder absoluto de suas nações. Portanto, nossos padrões de comportamento têm ligações fortes com os elementos que constituem os valores de nossa suposta liberdade, bem como no campo financeiro, sentimental ou institucional. Neste caso discorrerei somente às supostas liberdades religiosas e suas megalomanias.
A religião com todos os seus significados e valores que lhes são peculiares, mas paradoxalmente universais, apresenta-se como uma rígida instituição com ideologias, das quais não estão muito distantes dos partidos citados acima, embora a opressão seja mais no campo ideológico-doutrinário do que físico. Ao longo dos séculos a estrutura religiosa é sempre a mesma, variando somente os nomes e costumes, os quais são adaptados conforme os interesses de cada grupo influenciados pela moral daquele tempo.
A idéia de religião se resume a uma opção humana de organizar e sistematizar a relação individual com o divino conforme a crença coletiva, motivada, sobretudo, pelos valores morais vigentes.
O propósito consiste em sempre padronizar qualquer relação entre o individuo e a divindade, estabelecendo ritos e dogmas considerados mais importantes do que as próprias necessidades humanas de simplesmente viver com a consciência adquirida conforme o evangelho, que acontece justamente no caminhar da vida.
Afinal, o que realmente significa esse sistema padronizado, liberdade do mundo ou prisão?
Dentre as mais diversas ideologias conhecidas, quero me reportar ao único indivíduo que não sistematizou formas de relações universais em suas afirmações sobre o reino transcendental. Este foi um jovem nazareno chamado Jesus Cristo, com suas idéias tão revolucionárias, tornou-se responsável por dividir a história humana em dois períodos, nos dando um significado novo a tudo que se refere a relacionamento com o divino e com o próprio Deus.
Em uma de suas biografias chamada o evangelho de João, no capítulo 8 e verso 32, encontra-se Jesus falando a cerca do processo genuíno de libertação ante a tudo aquilo que conspirava contra a verdadeira liberdade, inclusive discursando sobre o processo negativo que as religiões causam na mente humana.
Como Ele mesmo acrescenta nos versos seqüenciais o seguinte; “... se o filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres...”, ou seja, o processo de libertação está diretamente ligado somente a pessoa de Cristo por intermédio da fé, significando que os valores que decorrem do próprio intelecto humano passam a estar conforme a consciência do evangelho, onde qualquer forma humana de dominação, ou imposição, tanto intelectual quanto física, transforma-se em estruturas irrelevantes no tocante as suas influências.
Assim todo padrão de relacionamento com Cristo liga-se com a demanda de cada ser, o que diferencia das diversas filosofias humanas, consideradas simplesmente vãs para o apóstolo Paulo.
Com isso, temos a liberdade de Cristo como nossa referência, mediante a fé que justificou os heróis do antigo testamento, mesmo com comportamentos condenados do ponto de vista moral de suas épocas, alguns padrões até mais conservadores do que os de hoje. Entretanto essas pessoas entenderam as implicações de estarem libertos, embora estando em sociedades que os oprimiam tanto politicamente quanto religiosamente sem algum tipo de relacionamento com o Deus verdadeiro. Entretanto o verdadeiro Deus não exige nada de nós, pois o preço na cruz já foi completamente pago; “Teltelestai”... Está consumado!
E não foi a toa que o Mestre dos mestres viveu entre nós, ensinando a todos, mesmo com atitudes incompreensíveis ante aos padrões da religião judaica. Senão vejamos. Certa vez, Jesus passava sobre uma plantação de milho, naquela ocasião os discípulos encontravam-se famintos, pois passaram algumas horas caminhando. Quando observaram as espigas de milho não hesitaram em colhê-las para comerem. Imediatamente um judeu do partido dos fariseus observou-os comendo sorridentes, ele os repreendeu dizendo que o fato não era condizente com os costumes sabatino. Ora, aqui abro um parêntese para uma curta reflexão. O religioso sequer percebeu a necessidade humana que era notória naquele instante, pois estavam todos com fome, precisavam de alimento, porém o fariseu com toda a arrogância de quem não está preocupado com o próximo, acabou colocando o costume acima dos seres humanos que ali estavam inclusive Jesus. Entretanto com toda calma e paciência, o Mestre da sensibilidade o conduziu a uma reflexão profunda a cerca de dogmas e costumes, e mais que isso, também tratou da hipocrisia do religioso, bem como a sua interpretação que se baseava nas aparências exteriores, que por sua vez, podem levar o ser humano a um patamar de completa cegueira espiritual.
Observando os quatro evangelhos ou biografias de Jesus, veremos várias situações onde Jesus e seus discípulos viveram, dos quais muitos dos seus comportamentos eram completamente inconcebíveis aos padrões religiosos daquela época histórica. Jesus quebrou vários paradigmas religiosos, remetendo aos homens, tanto os da religião ou não, a pensarem sobre o que eram feitos os firmamentos de sua religião ou ideologias, se eram firmadas na areia ou em rocha. Assim nos dias de hoje, não existem muitas diferenças nas estruturas encontradas nos dias de Jesus, algumas ainda existem com toda força no campo religioso. Há ainda várias semelhanças visíveis de costumes segundo aquela ótica dos fariseus hipócritas, ou mesmo segundo os nazistas, ou os bolcheviques, mudando somente as nomenclaturas. Verificá-las onde incidem essas estruturas, ou onde estão essas personalidades de gente parecida com aquelas daquela época, muitas ainda com contornos acentuados, e em quais ambientes elas estão ainda vivas, é uma tarefa libertadora.
POR WESLEY FERRER
realmente interessante!!!!!
ResponderExcluirMuito bom teu texto Wesley.. gostei da reflexão e n posso deixar de estende-las a mim...
ResponderExcluirAté q ponto ser livre implicar fugir aos padrões ou inserir-se num padrão de vida?
Em qual momento nossa libertadade cristã se torna religiosidade e cumprimento de regras sem sentido e como tu tende a afirmar em meros rituais?
Ou mesmo quão pernicioso são os rituais? não Serão eles que estão a todo tempo nos lembrando da nossa humanidade e necessidade de Deus?
já to seguindo viu, obrigada por me apresentar este cantinho dez!
ta me devendo a discussão!
srrsrs
VC FOI MUITO PROFUNDO E ESCLARECEDOR NO SEU ARTIGO, NA VERDADE VC TEM ME SURPRENDIDO A CADA DIA COM O QUE VC TEM ELABORADO COMO IDEIA DE ARTIGO..CONTINUE ASSIM MANO...O MAIS INTERESSANTE É QUE ESSA PERCEPÇÃO QUE NÓS TEMOS HOJE É FRUTO TAMBEM DO AMOR QUE TEMOS EM COMPARTILHAR JUNTOS O CONHECIMENTO...SOU MUITO GRATO A DEUS POR ELE ME DAR ESSAS OPORTUNIDADES COM VC E COM O LEO...VALEU
ResponderExcluirEmail, pauloluiz41@hotmail.com
ResponderExcluirO que levo de bom e de mal da vida.
Levo da vida muitas coisas interessantes, por exemplo, o progresso dos seres humanos na área do desenvolvimento tecnológico foi fantástico e até assustador. Do ano que nasci em 1937 até o ano de 2011 o desenvolvimento da humanidade foi maravilhoso. Estes 74 anos que pude presenciar, o progresso foi galopante se compararmos a todos os séculos do passado. A inteligência humana vem se aprimorando assustadoramente na área do progresso material e intelectual no que tange os pesquisadores e cientistas, dia a dia os inventos e descobertas se multiplicam, acelerando sempre com muita rapidez. Mas o problema moral, o bom senso e a perspicácia do ser humano mais humilde, principalmente os de pouca escolaridade continuam estacionados e sem perspectiva de melhora não todos, têm sempre as raras e honrosas exceções.
Explico o porquê da minha decepção com relação a dificuldade destes seres humano raciocinar com lógica e clareza.
A proliferação de seitas religiosas e também a exploração explícita das mesmas, usando e abusando da fé pública, montando verdadeiros impérios de poder e dinheiro com tanta facilidade, sendo que a maioria das pessoas religiosas não dão conta desta exploração a qual se verifica abertamente quase sem nenhuma contestação e tendo como parceiro o governo sempre conivente.
Conclusão o progresso tecnológico da humanidade segue a todo vapor, mas no aspecto da religiosidade o progresso da mente humana continua lá nos moldes da idade média.
Se todos os fanáticos religiosos tivessem um lampejo de luz em suas mentes e procurassem descobrir através da leitura de livros que relatam todo o processo religioso da terra, descobririam que Religião, salvo as raras e honrosas exceções foram criadas para dominar e, sobretudo amedrontar as pessoas para poderem dominá-las com mais facilidade, mas infelizmente as pessoas temendo o castigo de Deus, o qual foi imposto pelas religiões, preferem acreditar cegamente e não questionar e nem pesquisar para poder tirar suas próprias conclusões.
Paulo Luiz Mendonça.
O medo do castigo de Deus impede os religiosos de Questionar.
O não questionamento, abre as portas para a exploração financeira e o domínio escravagista.
Paulo Luiz Mendonça.
Acreditar é mais fácil do que pensar. Daí existirem muito mais crentes do que pensadores.
— Bruce Calvert
Interessante! Mas o tema deveia ser Verdade Que Liberta x Cristianismo Que Escraviza e não Verdade Que Liberta x Religião Que Escraviza. Afinal, o artigo só fala sobre o cristianismo, e as outras religiões, onde elas estão? Ou melhor o cristianismo é a única religião que escraviza?
ResponderExcluirA religião em sua totalidade é escravagista. Países teocráticos utilizam deses meios para controlar um país. O que foi a "Santa" Inquisição senão uma "teocracia" cristã? Sempre é algo maligno, mas a humanidade não questiona, pois tem medo de um repúdio. No meio religioso só aprendemos a nos curvar, não a "deus", mas a uma doutrina imposta pelos líderes dessas denominações, que numa primaria impressão, são "homens santos" ou "homens de deus". Pense agora: O que faz um homem ter autoridade "divina" sobre seus "irmãos"? Autoridade politica não provém dos céus, pois não existe hierarquias na igreja verdadeira. Mas na "igreja" dos homens sim, não bispos, padres, sumo pontifex, etcétera. No governo, prefeito, deputado, governador, presidente, etcétera, etcétera. A religião não provém do ETERNO pois religião escravisa, e não liberta. Quem foi que o Altíssimo enviou a terra para nos libertar, perdoar e salvar? Foi uma religião ou o seu próprio Filho?
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