segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O FUNDAMENTO NO CAMINHO....


 O fundamento dos apóstolos e a pregação no Caminho
Queridos amigos de caminhada e fé comum,

Durante 5 anos me dediquei com seriedade a tarefa de enxergar a Cristo sem os óculos do sistema doutrinário cristão produzido no decorrer dos séculos. Cheguei a muitas conclusões e há uma observação que me fez avaliar nossas posturas diante da confissão apostólica.

Muitos de nós na luta contra o cristianismo, a metafísica, e a tradição da igreja, não só negamos a estas coisas como temos chegado a negar o fundamento dos apóstolos.


E o fato de no Caminho não haver doutrinas sistematizadas, não quer dizer que não confessamos a fé apostólica que diz que Jesus Cristo é o Senhor.

Daí a necessidade de não fazermos das reuniões das estações espaços para discussões filosóficas que no fim negam a fé.

A teologia, filosofia e psicologia me acompanham, me dedico bastante aos temas que envolvem tais ciências. E até acho que é possível, a nós enquanto grupo discutirmos isso, mas que não se torne o centro, pois a fé vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra.

Somos pregadores da boa notícia da reconciliação e do perdão, revelados no Cristo Crucificado e Ressurreto. Este é o fundamento dos apóstolos. Isso é o poder de Deus para a salvação.

Como já nos disse Marcelo Quintela: “No Caminho da Graça não se ensina a SABER. Ensina-se/aprende-se a CONFIAR. Quem confia, saberá. Quem sabe, deve saber também como convém saber; visto que o saber acadêmico-espiritual raramente gera confiança e convicção de fé, e quase sempre realiza o contrário na "alma sábia": presunção e arrogância. Por isso, caros amigos, não se preocupem.”

Enquanto o fundamento dos apóstolos e a chave de interpretação em Cristo for o chão da caminhada e enquanto o Caminho de Deus encarnado for nosso caminho mais excelente, de amor devotado ao próximo, o Caminho da Graça irá bem.

Aqui em Fortaleza, decidi manter no culto dominical a centralidade da pregação da Palavra, que confessa a Cristo nosso Senhor. Aí temos dias dedicados a oração, e dias onde abrimos espaços para temas diversos, assim não confundimos as coisas.

Desejo que todos, em especial os mentores pensem no que foi aqui dito, para não fazerem da estação um núcleo de discussões, mas um lugar de confissão, onde a alma rende-se Aquele que É.






POR IVO FERNANDES

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